sexta-feira, 31 de agosto de 2007

No sufoco

Fazer cultura no Brasil é mais que prova de conhecimento, de sensibilidade. É coragem!
Admiráveis esses que fazem arte. Descobri que padecem perante prioridades da sociedade que falta. Falta educação, falta emprego e, quem diria!, falta até comida. E, nessa falta toda, não poderia deixar de faltar cultura.
Mas o governo (aquele que falta de vez em quando) procura não faltar na área. E eis que as Leis de Incentivo à Cultura nos provam isso. Bem... ao menos é uma boa tentativa.
Pesquisei um pouco sobre o assunto, com enfoque na área cinematográfica. A matéria está meio falha (virginiano deveria ser proibido de exercer o jornalismo...), mas vale dar uma olhadinha aqui.

domingo, 19 de agosto de 2007

Disparates de Goya



Francisco José de Goya y Lucientes criou, a partir de sua suposta loucura, um dos mais incríveis acervos europeus.

Em toda a sua obra, o artista espanhol abrange a sensibilidade e a ironia, a realidade e o sonho. Incrivelmente detalhista, suas obras exigem de seus apreciadores o uso de lupas. Um olhar um pouco mais atento pode revelar grandes surpresas, curiosas expressões, objetos escondidos.

Da angústia à graça, Goya nos leva a mundos desconhecidos, freqüentemente oriundos de seus pensamentos. Em Provérbios ou Disparates, a coleção seguramente mais curiosa e fascinante, a dúvida entre o real e a fantástico revela o caráter irônico de Goya.

Última grande série do artista, Proverbios ou disparates provavelmente não foi um trabalho concluído. Nas 18 gravuras desta série, Goya nos submerge em um mundo de sombras, monstros à espreita, espíritos que abandonam seus corpos, cenas inexplicáveis que parecem arrancadas de sonhos e que seguem sendo hoje em dia um tema de pesquisa e debate. (MASP)

A exposição esteve no MARGS até o início de agosto. Sortudos porto-alegrenses que, durante uma brechinha entre Sampa e Buenos Aires, tiveram tão próximo um dos maiores gênios da arte.

Agora - só para quem for à Espanha - vale conferir.

Matéria

Mais Goya

Mais Disparates

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Artear

Arteando. Do verbo artear. Assim como matear. Um neologismo, um neoverbo. Fazer arte. No meu caso, (tentar) fazer arte a partir da arte. Criticar, elogiar ou, simplesmente, falar. Não entendo de política, de economia, de esporte... nem de arte. Mas da última eu gosto. E entre o gostar e o buscar há uma via de mão única (e de fácil tráfego).

O título desse blog constitui-se de uma singela homenagem àqueles que não acreditam nos meus objetivos, no meu futuro profissional. Digo o meu futuro tal como quero que seja. Uma homenagem a quem torce o nariz quando perguntam ´que área queres seguir do jornalismo?´, e ouvem a tímida resposta: ´cultura´. Arte! ´Sim! É isso mesmo que quero fazer´, respondo.

Pensei em diversos subtítulos. A arte falando, cantando, dançando... enfim. Até que cheguei ao ´comunicando´. Porque, para mim, arte é isso. É comunicar. E comunicar de uma forma diferente, sensível, atraente. Acredito numa revolução social por meio da revolução cultural. E assim, quero ajudar a arrumar a bagunça humana.

Nesse espaço, tentarei falar um pouco do que sei (ou quero saber) e opinar sobre as mais diversas formas de arte. De cultura em geral.

Agora, com licença que vou artear...