domingo, 19 de agosto de 2007

Disparates de Goya



Francisco José de Goya y Lucientes criou, a partir de sua suposta loucura, um dos mais incríveis acervos europeus.

Em toda a sua obra, o artista espanhol abrange a sensibilidade e a ironia, a realidade e o sonho. Incrivelmente detalhista, suas obras exigem de seus apreciadores o uso de lupas. Um olhar um pouco mais atento pode revelar grandes surpresas, curiosas expressões, objetos escondidos.

Da angústia à graça, Goya nos leva a mundos desconhecidos, freqüentemente oriundos de seus pensamentos. Em Provérbios ou Disparates, a coleção seguramente mais curiosa e fascinante, a dúvida entre o real e a fantástico revela o caráter irônico de Goya.

Última grande série do artista, Proverbios ou disparates provavelmente não foi um trabalho concluído. Nas 18 gravuras desta série, Goya nos submerge em um mundo de sombras, monstros à espreita, espíritos que abandonam seus corpos, cenas inexplicáveis que parecem arrancadas de sonhos e que seguem sendo hoje em dia um tema de pesquisa e debate. (MASP)

A exposição esteve no MARGS até o início de agosto. Sortudos porto-alegrenses que, durante uma brechinha entre Sampa e Buenos Aires, tiveram tão próximo um dos maiores gênios da arte.

Agora - só para quem for à Espanha - vale conferir.

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